segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ritsu Zen

 
 
A prática do Ritsu Zen durante várias horas por dia, desenvolve a força do Ki e permite conservá-la numa idade avançada.
 
A princípio o Ritsu Zen só provocará dores. A posição da bacia é baixa e, a princípio só a vai conseguir por alguns minutos. Ao longo do treinamento vai conseguir aumentar o tempo da postura sem dores.
 
O Ritsu Zen não é fácil como parece. Sentirá dores nas coxas e nos joelhos. Pode sentir os braços como se fossem de ferro e, passado um bocado o abdómen e as costas também podem começar a doer.
 
No Ritsu Zen, o que se exercita é o motor central do cérebro para conservar os músculos em estado de contracção. Isto significa que exercita também, o sistema de processamento de sinais das células nervosas que cercam o cérebro, medula e músculos.
 
Notará que com a prática o Ritsu Zen passará a ser muito mais agradável, começará por notar que o seu espírito fica muito claro, depois chega um momento em que surgem novas ideias ou até mesmo uma resposta a uma questão sobre a qual tem vindo a reflectir.
 
A consciência clara obtida com o Ritsu Zen não é apenas devida às endorfinas, neurotransmissores produzidos pelo cérebro que controlam a dor, mas também à dopamina, outro neurotransmissor importante no despertar de sensações agradáveis e impulsos criativos.
 
A Prática do Ritsu Zen
 
Antes de começar o Ritsu zen, exercite-se na órbita microcósmica que descontrai o corpo e ajusta a coluna vertebral.
 
Manter as pernas afastadas à largura dos ombros com os pés ligeiramente virados para o interior.
 
Descontrair os pés, os joelhos, as virilhas, as ancas, o peito e a garganta.
 
O mais importante é abrir o ponto de acupunctura Ming Men (nas costas ao nível do umbigo). Manter as costas direitas, inspirar e endireitar o peito.
 
Os braços ao longo do corpo e os dedos alinhados, ao descontrair os braços, estes não ficam colados ao corpo, mas sim como se estivessem pendurados.
 
Conscencialize-se do seu centro de gravidade balançando ligeiramente o corpo para trás e para a frente, depois mantenha-se imóvel ( a bacia deve estar bastante baixa).
 
Exalar com a boca aberta. Depois de uma curta pausa continue a exalar o resto do ar em três curtas expirações, formando com os lábios um “O” como se soprasse uma vela. Depois inale naturalmente. Repetindo este método de respiração, a sua respiração torna-se bastante mais lenta.
 
Concentre o pensamento e a visualização na formação de uma bola de Ki no corpo com os métodos das órbitas microcósmicas e macrocósmicas. (isto é essencial para utilizar com liberdade a energia Ki).
 
Quando se sente o Ki a entrar pelos pés, devemos concentrar-nos em absorver este Ki até aos braços, como se fosse água da terra.
 
Quando o Ki atinge os ombros, os braços ficam mais leves e, nessa altura erguem-se os braços sozinhos na horizontal, até à altura dos nossos ombros e respira-se naturalmente.
 
Ao terminar o Ritsu Zen, pratique exercícios de alongamento ou dê mesmo um passeio. Deve conduzir rapidamente a sua consciência do estado de Ki para o mundo real, porque num estado de meditação profunda como o desencadeado pelo Ritsu Zen, a mente influencia as zonas mais profundas do cérebro.
 
 
Nota: Uma posição demasiado rígida implica uma respiração abdominal difícil porque o Ming Men está fechado. A abertura do Ming Men facilita a respiração e o fluir de Ki pelo corpo.
 

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